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Sempre me senti melhor no Outono, como se este tempo mais calmo e gracioso fosse o cenário mais adequado para a minha própria existência. Eu compreendo bem os dias mais curtos, a queda das folhas, o amarelecer das tardes.
Os seres revestem-se duma espécie de solenidade. É o tempo para se apresentarem sem sons e sem passado. Estão de passagem. O seu quotidiano é pausado e pacato. Habitam tão perto da melancolia e é sobre ela que escrevem e falam quando se encontram.
Os seus rostos foram captados no instante em que meditavam, com saudades. É deles que nos lembramos quando pensamos em romantismo.
Neste mundo tudo não é tristeza, é paz.

Paulo Damião

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